Precisamos falar sobre rubricas

Uma das práticas mais comumente usadas fora do Brasil, por aqui, elas ainda são muito pouco conhecidas. Uma pena.

Quando se solicita uma atividade, há componentes dela que se pretendem verificar. Por exemplo, a realização de uma determinada atividade em grupo pode ser uma boa oportunidade para que se observem, em cada estudante, atributos como a cooperação, a responsabilidade, a contribuição, a capacidade de resolução de problemas e até mesmo a capacidade de se autoavaliar. O difícil é fazer isso de forma objetiva e prática.

E se a gente definisse, de forma clara, o que poderia ser considerado um padrão de cooperação? Ou um padrão de responsabilidade? Ou um padrão de resolução de problemas?... A partir dessa referência, poderíamos também derivar níveis de proximidade a esse padrão. É nessa engenharia - simples e ao mesmo tempo sofisticada - que se monta uma matriz de rubricas.

Veja abaixo o passo a passo para criar uma matriz de rubricas.

Uma matriz de rubricas é uma ferramenta potente, extremamente versátil que pode ser usada para avaliar desde trabalhos de pesquisa, projetos em grupo (como é o caso do exemplo acima), portfólios e apresentações até mesmo competências muito mais complexas, como o pensamento criativo, o engajamento em questões sociais, ou os atributos esperados de um lifelong learner.

Para se ter uma ideia de excelentes matrizes elaboradas para a avaliação de competências complexas, vale dar uma espiada neste material produzido pela American Association of Colleges and Universities, AACU. Embora essas, em particular, tenham sido criadas para alunos de curso superior, matrizes de rubrica são facilmente adaptáveis para alunos dos diversos segmentos.

Por serem largamente utilizadas ao redor do mundo há décadas, não é nada difícil encontrar pela web excelentes materiais e templates que servirão como um ponto de partida seguro para os educadores que pretendem se iniciar no uso dessa ferramenta.

Por que usar rubricas?